
Consideradas praticamente extintas no sul do país e raras no Brasil, as harpias,ave de símbolo mitológico ,são reproduzidas por pesquisadores do refugio biológico Bela Vista.
O primeiro filhote do animal, também conhecido como gavião-real ou uiraçu-verdadeiro, nasceu no dia 15 de janeiro com aproximadamente 80 gramas, e o segundo, no dia 20 de janeiro, com 62 gramas.
Após ser resgatado em uma rodovia em Foz do Iguaçu,o macho se encontra no refugio desde 2000. A fêmea chegou em 2002 de Juazeiro, na Bahia, resultado de operações contra o tráfico de animais silvestres.
No ano de 2007 e 2008,o casal de harpias obteve três filhotes,mas nenhum sobreviveu porque a mãe não deu comida a eles e consequentemente os filhotes não resistiram.Para não ocorrer novamente,a solução foi separar os filhotes da mãe e mantê-los isolados por 30 dias em estufas,onde se alimentaram cinco vezes ao dia.
Essas experiências mostraram que o casal não teve condições de criarem seus filhotes,assim a opção foi a utilização do protocolo de Condor,criado por pesquisadores argentinos do Zoológico de Buenos Aires.
Essa é uma espécie extremamente difícil de ser reproduzida em cativeiro.E de acordo com o Protocolo de Condor o contato excessivo com o animal pode fazer com que ele identifique a pessoa como um possível parceiro sexual e, por conta disso, não vir a se reproduzir.E para não atrapalhar a reprodução da espécie o contato com o animal só e feito apenas nos exames clínicos e durante a limpeza no criadouro.
O nascimento desses dois filhotes mostra que as técnicas utilizadas com base no Protocolo Condor estão funcionando. A idéia dos pesquisadores é agora aprimorar no Brasil esse protocolo de criação até a sistematização das criações.







0 comentários:
Postar um comentário